terça-feira, 1 de abril de 2008

Houve uma vez dois verões (2002)


Chico, adolescente em férias na "maior e pior praia do mundo", encontra Roza num fliperama e se apaixona. Transam na primeira noite, mas ela some. Ao lado de seu amigo Juca, Chico procura Roza pela praia, em vão. Só mais tarde, já de volta a Porto Alegre e às aulas de química orgânica, é que ele vai reencontrá-la. Chico quer conversar sobre "aquela noite", mas Roza conta que está grávida. Até o próximo verão, ela ainda vai entrar e sair muitas vezes da vida dele.

O filme é aquilo mesmo que a gente espera do Jorge Furtado. Pop, leve e um tanto original. Dificilmente vai entrar pra lista de melhores filmes de alguém, mas o Jorge Furtado sem dúvidas será um cara muito lembrado por muitas gerações ainda. Esse aqui me surpreendeu porque eu espera alguma coisa bem mais pretenciosa e ele veio levinho, levinho. Isso é bom. Não revoluciona aparentemente nada, mas consegue ser mais cinema que grande parte do cinema nacional que quer chocar ou despertar alguma coisa politizada na gente (vide O Ano que Meus Pais Sairam de Casa). E, revoluções, na arte, também se faz com fim em si.

A propósito, de todos os longas-metragens do Furtado, esse foi o único que realmente achei válido. E é o mais desconhecido. Meu Tio Matou Um Cara é bem chatinho e, na minha opinião, cliché em cima de cliché. Já O Homem Que Copiava é até legalzinho, mas sem charme, sem personalidade. O tipo de filme encomendado pra passar na Sessão da Tarde, sabe?

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