quinta-feira, 26 de junho de 2008

Boys Love (2006)



Filmes japoneses são bizarros. Esse daqui não foge à regra. Acho que é por isso que tem tanta gente aqui no mundo ocidental que adora as produções japas. As coisas são tão sem noção pra gente, tão beirando o ridículo, que se torna divertido. Sabe aquela coisa meio novela mexicana com os filmes vagos da fase recente do Godard? Pois é, acho tendência!

Boys Love (BL) antes de ser o nome desse filme, é o nome pelo qual é conhecido no Japão todo um segmento de artes com enfoque no amor homossexual masculino. Por aqui, a gente ironicamente conhece o tal do BL por outra sigla, só que em japonês: yaoi. Este Boys Love aqui tem esse nome exatamente porque se aproveita da popularidade atual do BL lá em terras nipônicas. E, além de ser drama gay, é drama gay JAPONÊS. Ou seja, espere toda aquela coisa de musiquinhas de fundo bregas, atuações mais afetadas do que as nossas teatrais, citações de frases filosóficas (um monte, até irrita!), martírios infundados.

É impressionante como todo filme japonês que eu assisti me parece totalmente inverossímio. Sério, eu sonho em um dia conhecer o Japão só para poder ver se eles vivem essas esquisitíces no cotidiano deles ou é só licensa poética mesmo. Mas, como eu disse, acho que é por isso que filmes japoneses ainda me despertam curiosidade: quando eu acordo me sentindo meio dadaísta eu pego um filme japonês para ver e de repente o mundo é um lugar melhor hehe.

Ah, sim, e a história né? Bom, aqui é aquela velha coisa de sempre: o rapaz gostosão e famoso (sempre é um cantor pop ou um vocalista de alguma banda de rock ou um modelo. Neste caso é um modelo) seduz um pobre coitado mal resolvido na vida e depois a gente descobre que o rapaz gostosão e famoso não é tão bam-bam-bam assim, que tem um monte de problemas e traumas (o trauma sempre é um amor de infância que não foi pra frente, fato!).

O que faz com que Boys Love ganhe pontos comigo e merece uma nota tipo 7 e meio é o final. O final é foda e super bem sacado. Engraçado que com filme é quase sempre assim: inícios e meios originais resultam em finais clichês, e finais originais geralmente são a redenção de inícios e meios totalmente manjados. Enfim, nothing is perfect.

Aproveitem que o Japão tá nessa trip de meninos com meninos e todas as meninas japas assumem o fetiche delas por rapazotes se pegando e curta esse bando de filmes yaoi engraçadíssimos e afetadíssimos que só o país do jpop e do jrock poderia fazer.

Vou dar uma diquinha e dizer que os bilíngues da vida podem ver o filminho completo aqui no crunchyroll, sem nem precisar baixar pro HD. É assistir online mesmo. Luxo, querida!

Beijosmeliga.

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